Finalmente o tão esperado dia chegou! E passou tão rápido… Mal assisti a um dos filmes mais esperados de 2013 e já estou na contagem regressiva para 2014! =P
Eu fui assistir nesse feriado da Proclamação da República ao segundo filme da adaptação da trilogia de Suzanne Collins, Jogos Vorazes – Em Chamas (The Hunger Games – Catching Fire). Abaixo segue a ficha técnica do longa e depois a minha opinião sobre o filme.
Nome Original: The Hunger Games – Catching Fire
Nome no Brasil: Jogos Vorazes – Em Chamas
Lançamento: 15 de Novembro de 2014
Direção: Francis Lawrence
Prodora Executiva: Suzanne Collins
Produção: Lionsgate
Autora da obra original: Suzannne Collins
Roteiro: Simon Beaufoy, Michal Arndt e Suzanne Collins
Distribuidor (brasileiro): Paris Filmes
Elenco: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Elizabeth Banks, Sam Claflin, Jena Malone, Woody Harrelson, Stanley Tucci, Donald Sutherland
Duração: 2h26min
MINHA OPINIÃO:
Assistir adaptações cinematográficas de histórias pelas quais você cai de amores é algo complicado. Isso porque nunca tudo vai ficar exatamente da maneira como você imaginou e, se as produtoras forem sempre tentar atender ao que cada leitor imaginou para suas sagas preferidas, acabaria virando uma salada cinematográfica! rsrsrs
Mas, uma coisa é certa e perceptível ao se observar com atenção: As produtoras estão se preocupando cada vez mais em manter o máximo de fidelidade à obra original.
E é o que eu percebi com o segundo filme da franquia Jogos Vorazes. Diante do estrondoso sucesso que os livros fizeram com o público jovem em todo o mundo, alavancando o gênero de distopias entre os Young Adults que se afeiçoaram com esse tipo de narrativa, em Em Chamas pude perceber uma preocupação constante de manter o máximo de fidelidade à obra original, mas, ao mesmo tempo dando espaço para que os atores que compõem o elenco (e que elenco, hein!!!!) deem seus toques pessoais às características dos personagens.
Três cenas destacam isso: 1) Durante o jantar no palácio presidencial, podemos sentir Elizabeth Banks recriando em cima da personagem, com falas extras à história original #ThisIsMahoganny, mas também com uma postura que nitidamente expressa um quê de criação da própria atriz para a composição da personagem (que, diga-se de passagem, me fez rir e chorar em muitos momentos! #TeamEffie); 2) Na cena em que a Johanna Mason, personagem de Jena Malone, arranca a roupa e fica nua no elevador com Katniss, Peeta e Haymitch, há a expressividade cômica tão característica de Jennifer Lawrence, assim como na cena em que um tributo vencedor que é tutor rouba um beijo dela e achei isso bem interessante de se ver, porque quem leu sabe que Katniss até tenta fazer piada e ser mais engraçada, mas no final nunca consegue e sempre acaba mais com um tom de ironia do que de diversão e foi interessante mesmo de ver esse acréscimo à personagem-protagonista; 3) Não é uma cena específica, mas o conjunto de cenas em que o Presidente Snow, interpretado por Donald Sutherland, aparece porque lembrei de outros filmes em que o ator tem a mania de fazer carões sérios para as câmeras, erguendo um pouco o queixo ou posicionando apenas um lado do rosto, o que foi muitíssimo interessante de se adicionar às características já sombrias e crueis de seu personagem neste filme.
E falando em Jena Malone, adorei terem acrescentado muito mais deboche e revolta contra Snow no roteiro do que havia no livro! Ri muito com ela falando palavrões ao vivo (#TroféuHomemDoPi) na última entrevista antes do Quarter Quell.
Outra coisa que me chamou bastante a atenção foi a evolução dos efeitos especiais do primeiro filme para esse. Há sim uma economia de sangue nas cenas mais brutais, conforme críticos de sites como o G1 observaram. Isso me irritou bastante no primeiro filme, mas ao assistir Em Chamas, percebi que foi preciso diminuir o fluxo de sangue a ser exposto, deixando de fidelizar um pouco as cenas em que isso ocorre no livro, por causa da classificação livre. Eu assisti na rede Cinemark no horário das 18 horas (infelizmente dublado… #xatiada) e tinha muitos (muitos mesmo!) adolescentes que não chegavam nem aos 14 anos. Claro que seria muito bom ver sangue já que, para mim, esse é o melhor livro da trilogia, mas isso foi um corte compreensível.
E, claro, há as pequenas adaptações de roteiro que, embora fujam um pouco da história original, também são compreensíveis quando observamos a adaptação num todo já que era preciso otimizar o tempo e dar dinâmica à história, sem perder o foco. Por isso a cena com as fugitivas do Distrito Oito foi cortada. Não vou dar detalhes para não estragar para aqueles que ainda não assistiram, mas, na minha opinião, podem ficar tranquilos, porque as adaptações de roteiro não alteraram o fluxo narrativo criado pela tia Collins! 😉
De uma forma geral, acredito que o filme possa ser dividido em três partes:
1ª parte – Narra o tour dos vitoriosos com o objetivo de mostrar o impacto da imagem da Katniss nos distritos
2ª parte – Trata da evolução sentimental que a protagonista sofre quando ela deixa de se preocupar apenas com as pessoas que estão perto dela e passa a pensar de uma maneira mais geral (ainda não totalmente generalizada como ocorre no último livro), quando ela decide entrar no jogo proposto por Snow para minimizar as consequências nas vidas dos outros por suas escolhas
3ª parte – É a melhor de todas, porque é quando toda a ação acontece!
As cenas da arena são muito intensas e emocionantes e, para mim, não poderiam ter escolhido atriz melhor que a Jennifer Lawrence para dar vida a uma personagem tão complexa como Katniss. Isso porque uma das pequenas adaptações no roteiro já acontece logo no início do filme, onde vemos as consequências que essas experiências nas arenas causam no psicológico de Katniss. E JLaw interpretou isso e as cenas de ação e as cenas de drama com uma maestria digna de Oscar! (Sim, outro! Mas dessa vez cuidado com o Dior, Jenni! rsrsrsrs).
Para terminar, claro, há o gancho para o próximo filme. E essas cenas finais me agradaram muito porque foram melhores do que eu imaginei para a adaptação. A famosa frase final de Gale, interpretado por Liam Hemsworth, recebe como complemento mais um gostinho para o público do quanto a personagem Katniss Everdeen mexe com nossas emoções, tanto por sua força como por suas fraquezas e as reações que a combinação de ambas características.
Sou suspeita de falar, já que amo tanto essa história, mas para mim apenas uma palavra define esse filme: PERFEIÇÃO!
Apenas a trilha sonora não me agradou muito, porque eu esperava mais, mas numa análise geral, o roteiro, a fotografia, os efeitos especiais, as locações, os cenários… tudo ficou incrível.
Repito que é impossível fazer uma adaptação cem por cento fidedigna à obra escrita e, muito menos, uma que siga exatamente o que cada leitor imaginou (afinal, cada um imagina a história de um jeito, à sua maneira), mas Francis Lawrence e a Lionsgate recebem meus parabéns porque realizaram alterações que apenas somaram à história original.
Então sim, Em Chamas é perfeito. Sim, eu super recomendo a todos que se interessam por filmes que tratam de críticas políticas e sociais (ou como acontece na trilogia, uma crítica forte ao entretenimento que massifica a sociedade com o objetivo de obter controle absoluto da população), ou simplesmente àqueles que estiverem curiosos por essa saga que está gerando tanto burburinho. E sim, JÁ INICIEI MINHA CONTAGEM REGRESSIVA PARA 2014 E A ESPERANÇA PARTE 1!
(Para quem estava curioso, NÃO, não é exibido o trailer de Divergente, a saga que estreia nos cinemas em março de 2014 e que, para mim, não vem competir com Jogos Vorazes e sim somar ao gênero de distopias que ganha cada vez mais público a cada nova publicação lançada!) 😉
Vou listar a seguir as minhas cinco cenas favoritas:
1) O vestido se transformando em Mockingjay
2) Katniss atirando contra a cúpula da arena antes de ser resgatada
3) Gale sendo cuidado por ela depois de ser chicoteado e, depois, a despedida deles antes de ela seguir para a Colheita do Quarter Quell
4) Os jabberjays atormentando Katniss e Finnick na arena
5) As cenas do centro de treinamento, em especial a interação de Katniss com os tributos considerados mais fracos por todos
Tags:Catching Fire, Em Chamas, Jogos Vorazes, Suzanne Collins, The Hunger Games
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